Informalidade
INFORMALIDADE NO BRASIL
Milhões de brasileiros trabalham hoje no país sem qualquer vínculo ou direito trabalhista e proteção social. São os informais. Mesmo com a melhora nos indicadores do mercado de trabalho e o crescimento do emprego formal, de acordo com o Instituto brasileiro de Geografia e Estatística, eles representam cerca de 50% dos trabalhadores do país.
A informalidade não é uma exclusividade brasileira. É um problema existente em todos os lugares, mas que afeta em maior medida os países mais pobres. Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), existem hoje no mundo 1,8 bilhão de trabalhadores nesta situação, ou 60% da força de trabalho global, que vivem sem contrato de trabalho ou previdência social.
Na América Latina, os informais correspondem à metade dos trabalhadores, porém, de acordo com a Organização, se os que atuam na agricultura fossem incluídos, os números seriam ainda mais altos.
O problema está presente em todos os segmentos produtivos. Ocorre na atividade empresarial e entre os trabalhadores, produtores rurais e autônomos (entre os quais, os trabalhadores por conta própria que prestam serviços eventuais, como encanadores, artesãos, camelôs). Os prejuízos afetam trabalhadores, empresas e governos.
Trabalhadores
Os trabalhadores informais enfrentam uma situação de insegurança e precariedade, em ocupações sem carteira assinada ou como conta-própria ou autônomos, sem nenhum tipo de proteção social ligada ao trabalho.
O trabalhador não opta pela informalidade. É forçado a trabalhar nessa condição porque não consegue outro tipo de ocupação ou precisa abrir mão do vínculo empregatício por uma renda pouco maior, como é comum ocorrer no emprego doméstico e em empresas em situação irregular. A informalidade pode parecer vantajosa em determinado momento, mas trará sérios prejuízos no futuro.
Para os trabalhadores, a informalidade significa ficar sem renda numa