Informalidade

Falta de informação e medo de impostos contribuem para a informalidade
Mesmo com toda a divulgação massiva encabeçada por instituições como o Sebrae, 84% revelam que desconhecem programas de diminuição da informalidade
Érica Chianca

http://www.pb.agenciasebrae.com.br/noticia/11480413/empreendedor-individual/falta-de-informacao-e-medo-de-impostos-contribuem-para-a-informalidade/

Para a gestora de políticas públicas do Sebrae Paraíba, Bera Wilson, a informalidade não beneficia nem o município e o Estado, nem o empreendedor. “A informalidade é forte na Paraíba porque não há um ambiente favorável para os comerciantes que trabalham por conta própria.

Se houvesse uma simplificação no processo e a redução tributária, eles não estariam na informalidade”. Na avaliação dela, o problema dos empreendedores informais é a falta de informação, educação e organização.

Ela divide os informais em duas categorias. Há os que têm um pequeno capital de giro e que têm condições de competir com o mercado formal, e os que estão na atividade por exclusão social. “Estes, que são maioria, trabalham no comércio informal por falta de trabalho, por uma questão de sobrevivência”. Na opinião de Bera Wilson, eles não têm como se formalizarem por causa de uma conjuntura econômica que se perpetua.

Este é o caso de Hosana Silvestre. Há 15 anos no comércio informal, seu ingresso se deu por causa do desemprego. “Eu era auxiliar de serviços gerais em uma escola e, ao ficar desempregada, o jeito foi trabalhar por conta própria para poder sobreviver”.

Ela ajuda o marido na renda familiar, vendendo brinquedos e pequenos presentes, no Centro de Passagem, em João Pessoa, mas afirma que há meses em que não apura nem o valor de um salário mínimo.

Já o vendedor de doces, Severino Evangelista, trabalha de forma autônoma há mais de 30 anos e diz que sua renda é, em média, de R$ 510. Ele afirma não ter intenção de se formalizar, nem nunca pensou no assunto. “Eu não conheço esta lei do