Influências científicas sobre a psicologia
Com a evolução da biologia a partir de Darwin a ciência começa a ver as coisas com um olhar mais racional e deixa a mística de lado. Para a psicologia tudo começou com a diferença de cinco décimos de segundo nas observações feitas por dois astrônomos. Em 1795 na Inglaterra, Nevil Maskelyne percebeu que o cálculo das observações feitas por seu assistente sempre eram menores que os seus, ao observar a passagem de uma estrela de um ponto a outro.
Vinte anos depois Friedri W. Bessel, astrônomo alemão, ao estudar essas diferenças de cálculo percebeu que isso era normal entre os astrônomos e que essa diferença estava ligada a distinção de cada indivíduo e concluiu que o observador tem influencia no resultado da observação. Se na astronomia que é uma ciência exata e rigorosa podem-se ter esses resultados então eles também devem ser levados em conta nas outras ciências, que se apoiavam na observação.
Filósofos como Locke e Berkley discutiam a natureza subjetiva da percepção, a partir daí os cientistas começam a estudar os processos psicológicos da sensação, percepção, estudando os órgãos dos sentidos, seus mecanismos fisiológicos e mentais.
O trabalho científico do séc. XIX foi alicerçado nas conquistas filosóficas e científicas dos dois séculos anteriores e junto com as novas teorias da biologia, fisiologia, quantitativa, atomista e laboratorial levou a construção da psicologia.
A fisiologia tornou-se disciplina de orientação experimental em 1830, influência do fisiologista Johannes Muller, professor da Universidade de Berlim, Muller foi importante para a psicologia por sua teoria das energias específicas dos nervos. Essa ideia levou a muitas pesquisas que buscavam localizar funções no sistema nervoso e delimitou mecanismos receptor sensoriais na periferia do organismo, ajudando mais tarde os estudos e descobertas de áreas especializadas do cérebro, e contribuído para métodos de pesquisa de psicologia fisiológica.
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