Influencia da midia sobre o esporte aquatico
A natação foi destacada na mídia a partir do início do século XX. A relação entre natação e mídia é antiga, data do fim do século XIX com divulgação desta modalidade através de notícias em periódicos.
Essas revistas destacavam a natação como o melhor esporte a ser praticado pelas mulheres com o argumento de que a modalidade trazia graça, beleza e seria a mais adequada à estrutura biológica feminina, como pode ser observado no trecho abaixo:
“Por quê? Porque a natação (...), a arte de saltar n’água e mergulhar, são muito mais “femininos” do que quaisquer outros esportes. (...), na água a mulher quase sempre se iguala aos homens, ultrapassando-os muitas vezes. É que elas possuem em alto grau esse senso especial da economia do esforço, (...) são muito mais leves, relativamente ao peso de água que deslocam, do que os homens e sentem muito menos frio. (...) elas sentem (...) que a natação tem uma capacidade morfogenia incomparável, construtora (...) da harmonia plástica do corpo e inspiradora de graça (...). A natação é a única atividade física que, mais arte do que ciência exige a posse dessa intuição do rimo e da harmonia que é como um sexto sentido feminino e de que está privada a quase totalidade mulheres do que para os homens, de sensibilidade menos apurada (...) indiferentes a essa mutação (...) da água, tão semelhante á alma da mulher e que por isso mesmo, mais do que a nós, as atrai, seduz e prende.”.
A Revista Educação Física, editada a partir de 1932, como periódico específico da Educação Física, fortalece a relação entre natação e mídia. Este periódico é marcante no campo das práticas aquáticas, pois influenciou o consumo de vestimentas esportivas, comportamentos, cuidado com o corpo e a própria prática da natação como elemento diferencial entre as classes. Nomes como os de Maria Lenk, Piedade Coutinho e Edith Groba, nadadoras presentes nos Jogos Olímpicos de 1932, 1936, 1948 e 1952 foram destaque, não