inflacao
1 Introdução
A noção de inflação da economia surgiu em 1838, caracterizando como o aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços. Ou seja, os níveis inflacionários representam elevações em todos os bens produzidos pela economia e não meramente o aumento de um determinado preço. Outro aspecto fundamental refere-e ao fato de que o fenômeno inflacionário exige a elevação continua dos preços durante um período de tempo, e não meramente a uma elevação esporádica dos preços. No entanto, “dado que a inflação representa uma elevação dos preços monetários, ela significa que o valor real da moeda é depreciado pelo processo inflacionário” (Manual de Economia USP, 1992, p 315).
Resultante de uma multiplicidade de causas, a inflação se manifesta de muitas formas, se expressa pelos mais variados ritmos, produz efeitos que rompem as fronteiras convencionais da economia, quando prolongada e muito intensa, modificam relações estruturais, padrões de comportamento e regras transacionais. “A inflação é a categoria predominante de valor da moeda, trata-se de um fenômeno universal, comum a praticamente todos os países (ROSSETTI, 1997, p. 697)”.
De início, representa um conflito distributivo existente na economia, ou seja, a disputa dos diversos agentes econômicos pela distribuição da renda representando a questão básica no fenômeno inflacionário. Um exemplo mais enfatizado pelos monetaristas refere-se ao desequilíbrio financeiro do setor publico que induz a uma elevação do estoque de moeda em taxas acima do crescimento do produto. No âmbito do conflito distributivo, poderíamos representar esse tipo de inflação decorrente de um conflito entre o setor privado e setor público pela disputa do produto. Nesta hipótese, caso o setor público reduza seus gastos seria possível evitar o acréscimo de moeda, resolvendo o problema inflacionário.
Entretanto, o processo inflacionário pode resultar de outros tipos de conflito distributivo. Um que nos parece especialmente