INFARTO AGUDO NO MIOCÁRDIO EM MULHERES
A Doença Arterial Coronariana (DAC) é uma doença cuja fisiopatologia se explica pela lesão endotelial progressiva severa das artérias coronarianas, resultando em uma diminuição do aporte de oxigênio, que culmina, na maioria dos casos, em episódios isquêmicos de gravidades variadas. Isso se deve a oclusão causada por uma placa de ateroma normalmente deslocada para artérias de menor calibre, o que resulta em hipóxia tecidual. Cerca de 50% a 90% das pessoas que apresentam algum tipo de angina no peito, clínica e eletrocardiograficamente comprovada, mostram lesões ateroscleróticas. (1)
O Infarto Agudo do Miocárdio é uma manifestação isquêmica severa, caracterizado pela oclusão coronariana aguda de origem trombolítica, derivada da ruptura de uma placa de ateroma vulnerável, gerando uma necrose significativa do músculo cardíaco. (2)
No ano de 2010, as doenças do aparelho circulatório, constituíram a terceira maior causa de internação hospitalar, representadas por 210.046 internações por doença isquêmica do coração, correspondendo a 29% dos óbitos. O número absoluto de óbitos por doenças isquêmicas do coração naquele ano foi de 99.408 ou 52,11 óbitos/100 mil habitantes. A prevalência da DAC na população adulta está estimada em 5 a 8%. (3)
Ainda em 2010, foram registrados 79.954 casos de morte associados à Síndrome Coronariana Aguda (SCA), que é uma síndrome normalmente encontrada em pacientes com DAC e que as mulheres no climatério estão susceptíveis a desenvolvê-la. Estudo prospectivo estima que as doenças cardiovasculares serão a principal causa de morbimortalidade em 2020, responsável por 40% das mortes. (4)
A DAC, nas últimas décadas, tem se transformado em uma verdadeira epidemia mundial, onde se observa um aumento em progressão geométrica. Nesse contexto, é relevante a adoção de medidas preventivas a fim de evitar a evolução, recorrência e a complicação da doença coronariana, além de minimizar suas sequelas, objetivando reintegrar o indivíduo