infanticidio
< INFANTICÍDIO >
Rio de Janeiro
2014
< INFANTICÍDIO>
Trabalho apresentado ao Curso de Convalidação Teológica da FACETEN em convênio com a FACETAM – Faculdade de Educação Teológica das Américas. Antropologia Cultural.
Rio de Janeiro
2014
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
< INTRODUÇÃO:
A violência contra a criança é uma marca triste da sociedade brasileira, registrada em todas as camadas sociais e em todas as regiões do país. No caso das crianças indígenas, o agravante é que elas não podem contar com a mesma proteção com que contam as outras crianças, pois a cultura é colocada acima da vida e suas vozes são abafadas pelo manto da crença em culturas imutáveis e estáticas.
A cada ano, centenas de crianças indígenas são enterradas vivas, sufocadas com folhas, envenenadas ou abandonadas para morrer na floresta. Muitas são as razões que levam essas crianças à morte. Portadores de doença física ou mental são mortas, bem como gemeos, crianças nascidas de relações extra-conjugais, ou portadoras de má-sorte para a comunidade. Para o mehinaco (xingu) o nascimento de gemeos ou crianças anômalas indica promiscuidade da mulher durante a gestação. Ela é punida e os filhos, enterrados vivos.
O infanticídio entre indígenas é um tema que já gerou documentários, projetos de leis e muita polêmica em torno de saúde pública, cultura, religião e legislação, mesmo assim, é ainda utilizado por volta de 20 etnias entre as mais de 200 do Brasil.
A quantidade de índios mortos por infanticídio no país é uma incógnita. Nos dados da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) sobre mortalidade infantil indígena, esse número aparece somado a óbitos causados por