Infancia
Maria da Conceição Oliveira e Maria Isabel Santo de Miranda Cunha Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti sao.oliveira@esepf.pt;isabelcunha@esepf.pt Palavras-chave: Infância, Desenvolvimento, Prioridades Estruturais, Afecto, Resiliência, Identidade, Práticas Educativas, Frustração, Limites, Negociação.
Resumo
Infância e desenvolvimento tem como objectivo reflectir conceitos educacionais, especificamente a relação entre a criança e a educação. Não é nossa pretensão dissertar sobre a história das ideias àcerca da infância mas, centrarmo-nos na infância nos dias de hoje e (re)pensar, por um lado, o conceito de criança adequado à actualidade e, por outro, às práticas educativas e suas implicações no processo de desenvolvimento. Centrando-nos no período dos zero aos seis anos abordamos as questões relacionadas com a estruturação da criança, justificando o porquê das prioridades de intervenção nesta faixa etária.
da modernidade, trouxe a necessidade de transformar os seus paradigmas, de renovar os seus constructos. À ordem e saberes racionalizados numa hierarquia e perenidade incontestados, sucede progressivamente a contingência, a multiplicidade de fontes do saber – um novo estatuto emerge. Estas constatações remetem-nos para a urgência de se tentar o exercício de vigilância crítica aos diversos tipos de actuação e, escolher um leque de práticas educativas que contribuam para desenvolver atitudes e formas de acção, que permitam a promoção da auto-estima, da confiança e do estímulo de consciência dos direitos de cidadania. Neste sentido, abordamos o conceito de infância, as necessidades da criança para um pleno desenvolvimento, justificamos as prioridades de intervenção na faixa etária dos zero aos seis e as implicações educacionais.
Infância
A infância, como qualquer outro fenómeno social, sofreu uma evolução histórica e conceptual, em diferentes períodos e com diversas valorizações. Hodiernamente a criança surge