Indígenas e o trabalho
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
HISTÓRIA INDÍGENA NO BRASIL
DISCENTE: FATIMA MARTINS LOPES
Trabalho Referente à Primeira Unidade
Os indígenas e o trabalho
Enelyne de Lucena Maia
Natal
2011
Os estudos dos textos propostos na disciplina me aguçaram a curiosidade para inúmeros pontos, mas creio que um dos que mais me chamou a atenção foi o “trabalho”. O conhecimento indígena que temos é muito pouco e pouco se faz para se esclarecer certos pontos, tornando-os como verídicos.
Aprendemos nos ensinos básicos que os índios trocavam seus serviços de extração do pau-brasil em troca de objetos de pouco valor para os portugueses, como missangas, espelhos e utensílios, dando assim a ideia de que eram inocentes e que não davam o devido valor a sua mão de obra.
Como afirma John Manuel Monteiro (1994, p. 44) “Eles de fato pareciam bastante dispostos a cortar as arvores e arrastar os pesados toros até as feitorias, onde podiam ser trocados por penduricalhos e outros objetos”.
Ao estudar mais sobre os assuntos, assumimos que a afirmação das trocas é verdadeira, mas os motivos das trocas e a importância desses utensílios “de pouco valor” para os índios os tornam menos “inocentes” do que estamos habituados a tratar, como podemos observar numa passagem do texto de John Manuel Monteiro (1994, p. 29) “Os índios, por sua vez, certamente percebiam outras vantagens imediatas na formação de alianças com os europeus, particularmente ações bélicas conduzidas contra os inimigos mortais”.
Além do seu interesse nos próprios instrumentos dados pelos portugueses, como afirma Stuart B. Schwartz (1988, p. 45) “Os instrumentos de ferro aumentavam a produtividade e reduziam o tempo gasto em certas atividades. Ao permitir aos indígenas satisfazer suas necessidades materiais com maior rapidez, essas ferramentas deixavam-lhes mais tempo para as cerimônias e para a guerra”.