Indutria cultural x cultura de massa
A cultura de massa e a indústria cultural são instâncias dependentes. No entanto há diferenças entre elas, a principal é que a indústria cultural é o nome dado ao conjunto de instituições e empresas que se valem da produção cultural massificada como atividade econômica, enquanto a cultura de massa é própria produção cultural.
Indústria cultural foi um vocábulo concebido pelos filósofos alemães Theodor Adorno e Marx Horkheimer, ambos da escola de Frankfurt, para designar a situação da arte na sociedade capitalista.
Durante o período nazista, por causa da “cultura industrializada”, ou seja, a destinação da arte produzida para a satisfação daquele sistema, é que as ponderações sobre uma possível indústria cultural iniciaram.
O termo Kulturindustrie, indústria cultural em alemão, foi empregado pela primeira vez em 1942, no capítulo O iluminismo como mistificação das massas no ensaio Dialética do Esclarecimento, publicado apenas em 1947.
A definição de indústria cultura de acordo com Adorno e Horkheimer é: Um mecanismo que resume-se em delinear toda a produção artística e cultural, dando-lhes padrões comerciais, facilitando sua reprodução. Por tanto, as manifestações de arte perdem o caráter de exclusividade, beleza extrema e passa a possuir o status de mercadorias.
A função principal da indústria cultural é dar aos participantes do sistema a necessidade do consumo, gerando assim mercadorias, vindas do capitalismo, próprias para a venda, incentivando o consumo do produto e não do conhecimento, já que este é um item reservado para a elite por gerar questionamentos.
Segundo Adorno nos Estados Unidos o sistema da indústria cultural se apresenta de forma disfarçada especialmente no entretenimento. Na década de 30 por exemplo, a atenção da população estadounidense foi desviada dos problemas sociais através da indústrial cultural, por intermédio do cinema que apresentou ao povo uma cultura de massa.