Industrialização no Brasil
No Segundo Reinado
- A industrialização teve forte crescimento no Segundo Reinado, estimulada por alguns fatores como: a) A diminuição do fluxo de escravos, a partir de 1850, que aumentou o investimento nas atividades industriais; b) A substituição da mão-de-obra escrava pela assalariada, que possibilitou a existência de um mercado consumidor.
- Neste período, o setor que mais cresceu foi o têxtil, ou seja, produção de tecidos.
- A criação de ferrovias também faz parte deste contexto, possibilitando a circulação de mercadorias para exportação.
- O crescimento urbano de algumas cidades brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro, foi consequência do surto industrial e cafeeiro .
Durante o governo imperial, o Brasil ainda tinha grande parte de sua economia sustentada pela exportação de gêneros agrícolas. Chegando ao Segundo Reinado, vemos que essa mesma situação se mantinha na medida em que as lavouras de café se desenvolviam com a grande demanda do mercado externo. Sendo assim, conservávamos nossa feição econômica sem grandes alterações e continuávamos a consumir produtos industrializados vindos principalmente da Inglaterra.
Essa situação veio a se modificar no ano de 1844, quando a implantação da Tarifa Alves Branco modificou a política alfandegária nacional. Interessado em ampliar a arrecadação dos cofres públicos, o governo imperial dobrou o imposto cobrado sobre vários produtos vindos de fora. Com o passar do tempo, a Tarifa Alves Branco permitiu que a incipiente indústria brasileira pudesse fabricar produtos que tinham preços mais competitivos que os importados.
Além desse fator, devemos também compreender que esse surto industrial vivenciado na metade do século XIX também foi estimulado pela proibição do tráfico negreiro. Em primeiro plano, essa outra ação incentivou a entrada de imigrantes estrangeiros que poderiam atender a demanda dos trabalhadores assalariados que apareciam nas grandes cidades. Ao mesmo tempo,