Individualismo vs coletivismo
O presente trabalho pretende analisar as divergências e convergências no que diz respeito ao individualismo e colectivismo, assim como as suas dimensões e implicações. Numa primeira fase irei aprofundar alguns dos modelos conceptuais sobre os valores e sobre a gestão de pessoas numa organização, posteriormente, das questões contíguas à teorização do individualismo e do colectivismo e dos seus conflitos.
Palavras-chave: individualismo, colectivismo, cultura, valores, atitudes.
Capítulo I
Agency e community no contexto de gestão de pessoas
Num contexto actual é cada vez mais importante o papel dos recursos humanos para o sucesso de uma organização, podendo até afirmar que se tornam fundamentais à sobrevivência da mesma. Nesse mesmo âmbito sabemos que as organizações se preocupam cada vez mais com as expectativas e motivações dos indivíduos, mas também com a cultura e ambiente onde estão inseridos.
De acordo com Rosseau (1999) a posição das políticas de RH dentro de uma organização é fulcral pois garante às organizações a aptidão de corresponder às necessidades e procuras do mercado, de forma completamente eficaz, visando estimular a empresa a desenvolver práticas de gestão de pessoal, de modo a que estes estejam envolvidos ao máximo dentro da organização e das actividades requeridas, conseguindo assim tirar o máximo de proveito e alcançar os melhores resultados para a organização.
De modo a tentar perceber as preferências dos trabalhadores em relação às práticas de gestão de pessoas nas organizações, alinhando assim ambas as expectativas, Rosseau (1999) evidencia as noções de agency-community que expressam uma preocupação entre princípios opostos e nem sempre compatíveis quando se trata de delinear políticas de gestão de pessoas.
A dimensão agency implica que os indivíduos tenham capacidade de tomar decisões, envolvendo questões como o individualismo, a