Indisciplina na escola
Indisciplina na Escola: Alternativas teóricas e práticas.Paginas: 1 a 23
Autor: Julio Groppa Aquino São Paulo, 1997.
SINOPSE:
Na tentativa de melhor elucidar a problemática disciplinar na escola, este livro reúne psicólogo, filósofos, sociólogos e pedagogos que buscam enfrentar concretamente o problema, apresentando abordagens atualizadas e propondo soluções criativas para compreensão e manejo da indisciplina escolar.
Indisciplina e Violência nas Escolas O Problema Pela primeira vez em nossa história, lidamos, no Brasil, com nossa face violenta. Este tema informa a fala das pessoas no cotidiano, aparece espetacularizado na mídia. Permeia os discursos políticos, provoca ações de políticas públicas. Produzem pesquisas, debates.
Exigem tomadas de posições. Parece que nos transborda, provocando a sensação de que a violência tomou conta do mundo.
Lidamos com a quebra de um mito, ou, segundo Marilena Chauí, de um preconceito muito brasileiro, que nos informa que somos não violentos, pacíficos e ordeiros por natureza. Este seria, para a autora, um dos preconceitos profundos da nossa sociedade:
“Um dos preconceitos mais arraigados em nossa sociedade é o de que “o povo brasileiro é pacífico e não violento por natureza”, preconceito cuja origem é antiqüíssima, datando da época da descoberta da América, quando os descobridores julgavam haver encontrado o Paraíso Terrestre e descreveram as novas terras como primavera eterna e habitadas por homens e mulheres em estado de inocência. É dessa “Visão do Paraíso” que provém a imagem do Brasil como “país abençoado por Deus” e do povo brasileiro como cordial, generoso, pacífico, sem preconceitos de classe, raça e credo. Diante dessa imagem, como encarar a violência real existente no país? Exatamente não a encarando, mas absorvendo-a no preconceito da não violência”. Aparentemente estaríamos vivendo um momento histórico em que, pela primeira vez, encaramos a face violenta da sociedade, com