indisciplina escolar
No início de 2015, foi divulgado o resultado de uma pesquisa feita pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) que aponta o Brasil como sendo o país que mais perde tempo em sala de aula contendo a indisciplina dos alunos.
Essa organização pesquisa dados em países como Finlândia, Suécia, República Tcheca, Malásia, Holanda, Estados Unidos, México, Estônia, França, Canadá, entre outros.
Os resultados apontaram números alarmantes sobre o uso do tempo em sala de aula no Brasil:
20% do tempo é utilizado para acalmar os alunos e organizar a classe
13% do tempo é utilizado para lidar com assuntos burocráticos
67% do tempo, pouco mais da metade, é usado para a aula propriamente dita
A pesquisa, segundo dados divulgados pelo G1, também revela outros números: 60% dos professores apontam ter alunos-problema e o Brasil lidera o ranking de intimidação verbal entre alunos e professores.
O QUE É UM ALUNO-PROBLEMA?
Um aluno que conversa muito?
Que tem um comportamento agressivo ou expansivo que acaba atrapalhando a aula?
Que foi mal alfabetizado e tem dificuldades na escrita?
Que apresenta algum transtorno de aprendizagem?
Que tem hiperatividade, TDAH ou Síndrome de Asperger?
Ao certo não há um consenso sobre quais são as características de um aluno-problema.
Rotular os alunos como sendo um problema e transferir a culpa do fracasso escolar para o próprio educando parece ser algo perverso, sabendo que lidamos com crianças e adolescentes que, muitas vezes, têm dificuldades em compreender o que sentem e explicar ou resolver seus conflitos de maneira madura.
Rotulação dos alunos ou classes gera revolta e é um escorregão ético por parte do profissional da educação.
A indisciplina escolar pode começar sendo tratada assim: despindo os alunos de rótulos e tendo uma visão mais otimista sobre a educação.
Fazer longos discursos em sala de aula sobre a importância de estudar, lembrar aos alunos que o conhecimento é para eles e não para o professor,