Indios
RODRIGO VARGAS da Agência Folha
Índios de 15 etnias reunidos na terra indígena caiapó Capoto Jarina, no extremo-norte de Mato Grosso, disseram que, caso o governo federal insista em levar adiante as obras da usina hidrelétrica de Belo Monte (PA) tomarão "ações guerreiras" que colocarão "em risco" a vida de operários.
"Caso o governo decida iniciar as obras [...] a vida dos operários e indígenas estará em risco e o governo brasileiro será responsabilizado", diz trecho de uma carta assinada por 212 líderes indígenas e encaminhada ao presidente Lula.
O documento diz que a obra é um desrespeito "profundo" aos "habitantes ancestrais" do rio Xingu. Entre os signatários, está o cacique Raoni Txucarramãe, líder dos caiapó um ícone do movimento ambientalista.
"Nós nunca impedimos o desenvolvimento sustentável do homem branco, mas não aceitamos que o governo tome uma decisão de tamanha irresponsabilidade", diz o texto.
O licenciamento ambiental da obra, segundo a carta, não cumpriu a exigência de consulta prévia às populações indígenas. "Nossas comunidades, assim como as comunidades ribeirinhas da bacia do rio Xingu, não tiveram acesso ao estudo e ao relatório de impacto ambiental (Eia/Rima)."
1. Segundo a carta dos índios, qual procedimento do EIA foi ignorado no processo de licenciamento da usina de Belo Monte? Qual a importância de tal etapa no processo?
2. Por que as populações indígenas precisam ser ouvidas?
3. Coloque-se no lugar de um integrante da equipe responsável por avaliar o EIA/Rima de usina. Enumere alguns aspectos que devem ser levados em conta antes de aprovar ou vetar o projeto.
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