Indios, Mestizos y españoles
Na historiografia indígena colonial mexicana temos muitas obras históricas produzidas por indígenas e mestiços na Nueva España nos séculos XVI e XVIII, tanto em espanhol, quanto em linguagem indígena, dentre elas a principal é o nahuatl.
O autor cita várias formas de analisar esses escritos, mas dá mais ênfase para uma em particular: “concebê-las como produto de um diálogo cultural entre as tradições indígenas e a tradição ocidental.”. Nessa forma de análise, os autores prestam atenção, primeiramente, às circunstâncias de produção da obra e às intenções culturais e políticas dos autores, e também tentam explicitar o publico para o qual esse texto é destinado (espanhóis ou indígenas) e as mensagens que tentavam passar para cada um deles. E a partir disso, estudam recursos que os autores usaram para transmitir com sucesso a sua mensagem, esses recursos tinham tanto origem nas tradições históricas indígenas, quanto nas tradições religiosas e históricas da Europa. Essas obras históricas indígenas são para resolver problemas parecidos e compartilham características essenciais.
Durante a época colonial, essas obras tiveram que se adequar a um contexto político e cultural muito diferente do período pré-hispânico, devido às formas de domínio que os espanhóis impuseram aos indígenas, dentre elas, o fato de só poder falar da religião cristã. Por causa desses motivos, os autores tiveram que se utilizar de vários aspectos da tradição ocidental, desde as formas de escrita, até a concepção de tempo e espaço ou do papel da providencia divina na história humana.
Cada um desses autores encontrou um meio de conciliar os dois públicos que tinham que atender. Esses meios eram relacionados às necessidades pessoais de cada autor ou ao grupo que pertenciam e ao contexto histórico particular em que fizeram sua obra e no que esperavam em resposta desta. As obras históricas dos indígenas possuíam um caráter “estratégico”, pois eram feitas para obter um resultado