INDIGINA
A língua portuguesa trazida pelos descobridores e colonos lusos, não conseguiu tomar vantagem sobre a língua geral dos índios – o tupi.
Até o século XVII, era falada a língua geral, nos campos de S.Paulo, Rio Grande do Sul, Amazonas e Pará. Ainda no começo do século XVIII, a situação continua a ser desfavorável para o português. De quatro pessoas, encontravam-se três que se exprimiam em tupi.
O governo expediu várias ordens para que se ensinasse língua portuguesa aos índios. Mas, essa medida se verificou com as emigrações de famílias portuguesas para a colônia. Os índios se concentraram nas florestas remotas de Mato Grosso, Amazonas, Goiás, etc., onde até hoje vive guardando, com os costumes, a língua de seus antepassados.
De longo o convívio com o idioma português ficou vestígios não apenas em nossa fala, mas principalmente no vocabulário brasileiro.
Termos de procedência tupi, incorporados no léxico português do Brasil:
- Juraci, Ubirajara; (nomes próprios)
- Guanabara, Niterói; (nomes próprios geográficos)
- Gambá, Jiboia; (nomes de seres do reino animal)
- Mandioca, taioba, buriti; (nomes de seres do reino vegetal)
- Jacá, arapuca; (nomes de objetos, aparelhos, utensílios)
- Catapora, saci, moqueca, curupira; (nomes de fenômenos naturais, doenças, alimentos e crendices)
- Capinar, empipocar, moquear (verbos que são formados de nomes indígenas)
A incorporação do tupi à nossa língua serviu para a formação de compostos e derivados: urubu-rei, sabiá-da-praia, jabuticabeira, capinzal, etc. Encontra-se também sinais de influencia tupi na nossa fraseologia, como estar na pindaíba e chorar pitanga.
O Elemento Africano
A necessidade de trabalhadores trouxe ao nosso país outro elemento, o africano. Entregues aos fatigantes trabalhos da lavoura e da mineração ou a fazeres domésticos, exerceram real influencia na nossa nacionalidade. Exerceu-se do Maranhão para o sul até S. Paulo.
- Cachimbo, quilombo; (nomes geográficos)
- Iemanjá,