Inconsciente freud
Com o surgimento da Psicanálise, Freud distingue três níveis de consciência, na sua inicial divisão topográfica da mente, são elas: o nível consciente, o nível pré-consciente e o nível inconsciente. O inconsciente consiste, de maneira geral, a respeito ao material não disponível à consciência, ou seja, uma instância psíquica com propriedades totalmente diferentes da consciência. Esta instância possui leis próprias e consegue manifestar-se a todo o tempo sem que o sujeito dê-se por conta. Freud, baseado na sua experiência clínica, acreditava que a fonte das perturbações emocionais residia nas experiências traumáticas reprimidas nos primeiros anos de vida. Desta forma, assumia que os conteúdos inconscientes, apenas se encontravam disponíveis para a consciência, de forma disfarçada (através de sonhos, por exemplo).
Com a psicanálise e a teoria do Inconsciente, Freud inicia uma grande desavença entre os da época, com sua teoria de descentralização do sujeito no qual afirmava que o homem não é senhor da sua própria casa, mas coabita com forças conflituosas existentes no sistema inconsciente. O homem, que antes era visto como dono lugar do conhecimento e da verdade, agora era visto como um ser movido por forças que sua própria razão desconhece e sobre as quais ele tem pouco ou nenhum controle, portanto, o homem não é um agente racional sobre a própria vida, como se pensava.
A psicanálise, portanto, promove uma ruptura com o saber existente, derrubando a razão e a consciência do lugar sagrado em que se encontrava (SCHULTZ & SCHULTZ, 1992).
De fato, para a psicanálise, a consciência é mero efeito de superfície do inconsciente, não é o lugar da verdade, mas da mentira, do ocultamento, da distorção e da ilusão. Freud coloca a consciência sob suspeita. Ela propõe falar do homem como um ser singular, através da escuta desse sujeito, de sua verdade e de sua experiência subjetiva, interessando-se pelo desejo que o racionalismo