Inconsciente- Freud
Freud propõe-se a justificar o conceito de inconsciente, salientando quão pequeno é o conteúdo do consciente (nem todo ato mental é necessariamente experimentado pela consciência), que em pessoas sadias, tanto quanto as doentes, ocorrem parapraxias que o consciente não é capaz de explicar, não são acidentes, e que esse fato legitima a existência de uma atividade mental inconsciente.
Freud inicia explicando o processo de repressão, que impede a ideia que representa um instinto de se tornar consciente. Essa ideia reprimida torna-se inconsciente, porém, pode produzir efeitos que atingem o consciente. Para entendermos o inconsciente, só seria possível como algo consciente, e Freud explica o processo em que se dá essa tradução. O reprimido enfrenta as resistências que tornaram a ideia reprimida (inconsciente), passa pela censura do próprio indivíduo, se rejeitada, é reprimida e permanece no inconsciente, se não for rejeitada, pertencerá ao pré-consciente: apenas capaz de tornar-se consciente. O autor então conceitua o inconsciente, como sendo o portador de processos como o reprimido, já explicado anteriormente, e os atos latentes. Para Freud, as lembranças latentes são outro fato incontestável da existência do consciente. Lembranças latentes são resíduos de processos psíquicos, independentes entre si, sem ligações, e não são totalmente incessíveis. Possuem características que são estranhas a nós mesmos.
Inferimos que o outro possuí consciência para que sua conduta seja justificável a nós, mesmo que julguemos atos mentais inaceitáveis a nós mesmos. Também devemos aplicar a nós esse procedimento, de julgar nossos atos mentais como se fossem de outro alguém, pois sabemos como interpretá-los quando pertencentes à outra pessoa. Porém, esse processo é sempre impedido. Pois leva a suposição de uma segunda consciência, outras consciências e, finalmente, atos psíquicos que carecem de