Incapacidade Humana de Abrir Mão do Poder
Nome: Giuliane Restini Vecchi Marques.
(P)el(o) ônus (d)a lib(e)(r)dade
“Nossos contemporâneos são incessantemente trabalhados por duas paixões inimigas: sentem a necessidade de ser conduzidos e a vontade de permanecer livres.” (TOQUEVILLE, Alexis de, 2000 [1840], página 390)
“A ambição do homem é tão grande que, para satisfazer a uma vontade presente, não pensa no mal que dentro em breve pode resultar.” (Nicolau Maquiavel)
Compreender e assimilar as vontades e necessidades humanas nunca foi, desde os primórdios, uma das mais fáceis tarefas. Estudos milenares sobre a essência dos indivíduos e as suas convicções, até os tempos atuais, não abdicaram do plano subjetivo, pelo contrário, soam cada dia mais remotos da objetividade. Entretanto, corajosas vertentes ideológicas, através de todo período histórico, arriscaram-se ser donos da resposta para uma das maiores questões que o cenário global já se deparou: o que querem os homens?
Inglaterra, 1642. Início da Guerra Civil. Um país dividido em forças conservadoras, denominadas monarquistas e a oposição liberal, a qual defendia o Parlamento. A segunda, com apoio das forças sulistas e do leste inglês, e com vantagem regional econômica, lideradas por Oliver Cromwell, logo venceria as tropas monarquista e assumiria o controle do Poder Executivo. Desse episódio, a Inglaterra saiu conseguindo exercer seu papel de potência com eficiência, graças às novas medidas tomadas por Cromwell, agora Lorde Protetor e detentor de poderes quase equivalentes ao de um monarca do regime deposto. Não tardou para que todo progresso conquistado se revertesse em despesas e culminasse, após a morte de Oliver, na queda de seu filho, Richard, pelo movimento monárquico. Destaca-se aqui a substituição de Oliver Cromwell pelo seu filho, prática muito semelhante àquela do velho