apocalipse
5.1: Abertura da cena (e vi...).
5.2-3: Pergunta do anjo por alguém digno de abrir o rolo.
5.4-5: Desespero do vidente e consolo de um dos anciãos e apresentação do Cordeiro.
5:6-7: O Cordeiro recebe o rolo.
5:8-14: Culto ao Cordeiro:
8-10: Dos seres viventes e dos 24 anciãos;
11-12: De “uma voz de anjos”;
12-14: Da criação.
O cenário do capítulo 5 é o mesmo do capítulo 4, e os personagens também os são. Estamos no âmbito de uma experiência visionária, o que o comprovam as repetidas aparições do verbo “ver” (vv. 1, 2, 6, 11). Ainda há preocupação de descrever o que acontece diante do trono, com especial destaque para os cânticos entoados (9-10; 12; 13). O cantico iniciado no v. 9 é qualificado, porém, como novo cântico. Aparece também o “rolo” - que até então não havia sido mencionado - no v. 1. Em torno deste rolo, aliás, é tecido o drama do capítulo: quem seria capaz de abrir este rolo? De fato, a carga dramática é amplificada pelo choro desconcertante do visionário no v. 4. A personagem nova, introduzida no v. 6, é o Cordeiro – aquele que responde à pergunta em torno da qual gira o drama narrado. Assim, devemos pensar no capítulo 5 como uma continuação do capítulo 4, mas, ao mesmo tempo, como uma nova situação dramática, introduzida no v. 1 com o surgimento do rolo. O v. 14 termina com a prostração dos anciãos, e o capítulo 6 já se inicia com a abertura do rolo pelo Cordeiro e o ciclo dos sete selos. Os quatro seres viventes fazem parte do “chamado” dos quatro primeiros selos; também o Cordeiro leva a cabo a abertura dos selos no capítulo 6. Porém o cenário é diferente: estamos não mais diante do trono de Deus e sim no âmbito terrestre.
A respeito do autor, uma tradição, representada já por são Justino e amplamente difundida no fim do séc. II (são Ireneu, Clemente de Alexandria, Tertuliano, o Cânon de Muratori), identifica-o com o apostolo João, autor do quarto evangelho, que o escreveu