imunidade
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
Programa de Pós-Graduação em Imunologia Básica e Aplicada
Autores: Juliana Navarro Ueda Yaochite e Micássio Fernandes de Andrade
Imunidade aos agentes infecciosos
O desenvolvimento de uma doença infecciosa em um indivíduo envolve interações complexas entre os patógenos e o hospedeiro. Os eventos fundamentais durante a infecção incluem a entrada do agente infeccioso, invasão e colonização dos tecidos. Os patógenos requerem respostas imunológicas diferentes e especializadas, dependendo do local onde eles se replicam (meio extracelular/intracelular) e do seu tamanho (microrganismo/parasito). Para isso, os sistemas imunes inato e adaptativo irão cooperar entre si para que o agente infeccioso seja eficientemente eliminado.
A primeira linha de defesa do nosso organismo contra agentes infecciosos é composta pelas barreiras epiteliais. Além dessas barreiras, o organismo possui outros mecanismos que dificultam a entrada do agente infeccioso e sua proliferação no interior dos tecidos, como por exemplo, a produção de diversos agentes antimicrobianos, fluxo de fluído através do epitélio, pH estomacal ácido e presença de microbiota comensal (link Imunidade Inata).
1. Imunidade contra agentes infecciosos extracelulares
1.1 Mecanismos da imunidade inata
Os agentes infecciosos extracelulares podem se replicar na circulação, no lúmen das vias respiratória e intestinal, bem como na superfície de epitélios. Desta forma, o principal mecanismo da imunidade inata utilizada para eliminar esse tipo de patógeno é a fagocitose. As principais células fagocitárias são os macrófagos, neutrófilos e células dendríticas. Estas células reconhecem os padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs - pathogen-associated molecular patterns) através de seus receptores de reconhecimento padrão (PRRs - patterns recognition receptors). Após o reconhecimento, os patógenos são internalizados formando o fagossomo, que