impressionismo no cinema
Impressionismo no cinema
Os principais diretores do movimento impressionista do cinema francês, Louis Delluc,
Marcel L’Herbier, Jean Epstein, Abel Gance e
Germaine Dulac têm esse título por terem lançado as principais obras da época e, principalmente, por terem feito pesquisas que possibilitaram inovações no campo visual. Tais pesquisas levaram a uma evolução técnica inédita e, consequentemente, a novas formas técnico-estilísticas. Entre elas está a sobreposição de imagens, deformações propositais feitas pela lente, planos subjetivos, máscaras, entre outras. Os cineastas contavam histórias através da linguagem universal das imagens, mesclando narração e visualidade, ou seja, a ênfase é dada ao componente visual em sua carga afetiva, poética e misteriosa, tendo sempre um significado.
A ação, assim como os personagens e a trama, não tem papel principal na narrativa e vai concorrer com os cenários e objetos em questão de importância. Os temas e histórias abordadas não tiveram grande relação entre um filme e outro, mas, assim como na pintura, dava-se mais importância ao quotidiano. A estrutura narrativa de certos filmes era bem específica e diferente, sendo que a continuidade dependia da combinação de elementos,rítmicos e retóricos com outros objetivos que somente narrativos, gerando certa descontinuidade espaço-temporal; ou seja, essa estrutura não era cronológica e linear, trazendo uma desconstrução da narrativa. A história deveria ser contada através de imagens e os intertítulos deveriam ser usados com menos frequência – com intuitos diferentes ao de apenas contar a história
– ou seriam até suprimidos. Em Assassinato em Marselha (1921), de Louis Delluc, por exemplo, não há nenhum intertítulo no filme todo e parte da história é contada através da quebra da narrativa, estabelecendo contraste entre passado e futuro. Já em El Dorado
(1921), de Marcel L’Herbier, os intertítulos não têm função narrativa, mas são usados