Importância e Controle de Resíduos de Antibióticos no Leite
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – FMVZ USP
VNP 325 – Tecnologia de Produtos de Origem Animal
Importância e Controle de Resíduos de Antibióticos no Leite
1. Introdução
O leite é um dos alimentos mais consumidos em todo o mundo, principalmente por crianças e idosos. Sua produção atual no mundo chega a 720.870.390 toneladas (FAOSTAT 2012) e para essa produção ser alcançada foi necessário a intensificação do sistema de produção através do melhoramento genético das vacas leiteiras. Com a intensificação da produção, as vacas tornam-se mais susceptíveis a doenças adquiridas pelo contato intenso dos animais como, por exemplo, doenças bacterianas. Para a produção leiteira ser economicamente viável faz-se preciso o uso de antibióticos.
O primeiro antibiótico para tratamento de infecção na Medicina Veterinária foi usado no final dos anos 40, logo depois do seu desenvolvimento. Na pratica veterinária antibióticos são utilizados em níveis terapêuticos para tratar doenças e prevenir infecções, além de usados em nível sub-terapêutico para prevenir doenças, promover crescimento e aumentar a eficiência alimentar. Antibióticos são muito usados no tratamento da mastite bovino e a aplicação imprópria pode levar a uma contaminação do leite já na fazenda. Nos dias de hoje os antibióticos beta-lactâmicos (penicilina G, etc) aminoglicosídeos (estreptomicina, neomicina, etc) e tetraciclina (oxitetraciclina, etc) são os mais usados no tratamento da mastite nas vacas de leite e consequentemente os tipos mais comuns de resíduos encontrados no leite. Residuos são preocupantes pelos possíveis efeitos adversos nas pessoas alérgicas aos antibióticos, grande potencial de resistência e carcinogênico em humanos, efeitos adversos a flora intestinal. Ainda a presença de antibióticos no leite interfere no processo industrial de derivados, inibindo fermentos láticos utilizados na produção de iogurtes e queijos o que consequentemente