Sociologia
Karl Marx: Essas divisões criam uma hierarquia, com os administradores - detentores do trabalho intelectual -, que planejam as produções, acima dos operários - detentores do trabalho manual -, que as executam. Com isso surgem as divisões em classes, que vivem em constante confronto.
Émile Durkheim: A divisão social do trabalho não traz confrontos, mas sim apresenta uma forma superior de solidariedade, que existe em dois tipos, a mecânica, onde o que une as pessoas não é a interdependência de suas atividades, mas sim os costumes em comum, e a orgânica, onde justamente o que coloca as pessoas juntas é a dependência entre seus trabalhos.
Pois bem, dentre essas duas visões, qual a que melhor se encaixa no tipo de sociedade que vivemos neste Século XXI? Resposta rápida: A ideia de Durkheim.
Antes de justificar Durkheim, pegue a ideia de Marx: No mundo que vivemos hoje, o que temos? Administradores sempre hegemônicos, classe operária submissa, não há conflito, os operários são manipulados ou então simplesmente se conformam com sua situação. Agora pegue a ideia de Durkheim, o conceito de solidariedade mecânica se encaixa perfeitamente em pequenos povoados, que se preocupam com sua subsistência, e estão unidos pelos seus costumes e tradições, enquanto a solidariedade orgânica está presente em qualquer empresa de qualquer porte em qualquer centro urbano e em qualquer fazenda, a divisão do trabalho realmente não proporciona os conflitos, mas sim une as pessoas para cumprir um objetivo comum, e através do trabalho em conjunto exercido pelas mesmas, o termo “solidariedade” se encaixa como uma enzima em um substrato.