Implicações do burnout
Introdução: A síndrome de burnout é uma resposta ao estresse laboral crônico facilmente observável em profissionais da área da saúde, que trabalham diretamente com a assistência. É um conjunto de sintomas caracterizado por sinais de exaustão emocional (esgotamento dos recursos emocionais do sujeito), despersonalização (insensibilidade emocional do profissional) e a reduzida realização profissional (auto-avaliação negativa associada à insatisfação e infelicidade com o trabalho) decorrente de uma má adaptação do indivíduo a um trabalho prolongado altamente estressante e com carga tensional (TUCUNDUVA et al, 2006). Maslach e Leiter (1997) associam o burnout a uma situação em que o indivíduo, ao demonstrar inicialmente comprometimento e objetivos a serem conquistados no trabalho, percebe, paulatinamente, os esforços de engajamento sendo substituídos por sentimentos de irritabilidade, ansiedade e raiva, e pela falta de realização pessoal.
Objetivos: Realizar uma reflexão a cerca das principais características da Síndrome de Burnout, enfatizando seu diagnóstico e fatores associados a este.
Desenvolvimento: O termo Burnout é uma composição de burn=queima e out=exterior, sugerindo assim que a pessoa com esse tipo de estresse consome-se física e emocionalmente, passando a apresentar um comportamento agressivo e irritadiço (GUIMARÃES; CARDOSO, 2008). Os possíveis fatores desencadeantes de estresse no ambiente laboral estão freqüentemente ligados à organização do trabalho, como pressão para produtividade, retaliação, condições desfavoráveis à segurança no trabalho, indisponibilidade de treinamento e orientação, relação abusiva entre supervisores e subordinados, falta de controle sobre a tarefa e ciclos trabalho-descanso incoerente com limites biológicos. Outros fatores inerentes à organização do trabalho tais como a falta de condições materiais para prestação de assistência com qualidade e de recursos humanos, são causadores de desconforto e