Síndrome Burnot
A Estratégia Saúde da Família é vista como a base estruturante da atenção básica e instrumento de reorganização do SUS (Ministério da Saúde, 2006a). Possui, entretanto, falhas operacionais que geram distâncias entre o "SUS teórico", tal como formulado, e o "SUS real", tal como encontrado no cotidiano de funcionamento das USF's.
Sendo também primordial contemplar as questões que geram desgaste na saúde mental do trabalhador: limitações técnicas, pessoais e materiais; a alta demanda de atendimento; o desrespeito de alguns usuários insatisfeitos e, em especial, a baixa remuneração. Fatores que, somados às pressões organizacionais e vivenciados diariamente, geram uma sobrecarga emocional, que pode interferir, inclusive na relação dos profissionais com os usuários.(Dejours C.A banalização da injustiça social.RJ: FGV;2006.)
É necessário que os gestores do SUS reconheçam que a saúde mental dos profissionais da ESF repercute diretamente sobre a qualidade dos serviços prestados, e na sua relação com o trabalho e com a comunidade. Recomenda-se que seja feito o uso dos psicólogos que atuam como apoiadores matriciais nas Unidades de Saúde da Família, para que acompanhem não apenas os "casos de saúde dos usuários", mas também trabalhem na prevenção de desgaste mental dos profissionais, com a finalidade de que, desta forma, a Política de Saúde Mental e Política de Saúde do Trabalhador possam caminhar, não em paralelo, mas juntas.
Por outro lado, é importante lembrar que as pessoas trabalham em um ambiente