A síndrome de Burnout em profissionais de saúde
Nesta edição, discutiremos um assunto de extrema importância relacionado à saúde dos profissionais responsáveis por cuidar das pessoas. Nosso objetivo é despertar nestes profissionais a necessidade de cuidar de sua própria saúde, como também, fazer com as pessoas possam entender, que nós, profissionais de saúde, também adoecemos!
Até os anos 80, Burnout foi investigado exclusivamente nos Estados Unidos. A palavra, de origem inglesa, traduzida burn – fogo; out – fora = fogo para fora; explosão; exaustão; envolvem atitudes e condutas negativas com os usuários, clientes, organização e trabalho.
Diferente do estresse que se refere a um esgotamento pessoal que interfere na vida do indivíduo, mas não necessariamente na relação com o trabalho, burnout constitui um quadro bem definido, caracterizado por aumento da exaustão emocional (EE), altos índices de despersonalização
(DP), levando a um baixo envolvimento com o trabalho (ET) e consequente baixa realização profissional. A EE representa o esgotamento dos recursos emocionais do indivíduo. É considerado o traço inicial da síndrome e decorre principalmente da sobrecarga e do conflito pessoal nas relações interpessoais. A DP é caracterizada pela insensibilidade emocional do profissional, que passa a tratar clientes e colegas como objetos. Trata-se de um aspecto fundamental para caracterizar a síndrome de burnout, já que suas outras características podem ser encontradas nos quadros depressivos em geral. Por fim, reduzir a realização pessoal (ou ter o sentimento de incompetência) revela uma auto-avaliação negativa, associada à infelicidade e envolvimento com o trabalho (ET). Além da avaliação clínica e psicológica, existem instrumentos de aplicação para detecção da Síndrome. O MBI (Maslach Burnout Inventory) é um dos mais usados questionários validados como instrumento de auxílio a este diagnóstico.
Segundo os registros, há um crescente