imperio germanico
Henrique da Saxônia foi sucedido por seu filho, Oton I. Sob seu domínio, o Reino Germânico conquistou a Lotaríngia, que anteriormente era ocupada pelos húngaros. Essa vitória obtida durante a Batalha de Lechfeld possibilitou o fortalecimento dos laços entre Oton e a Igreja. No ano de 962, o papa João XII coroou Oton I como Imperador do Sacro-Império Germânico. Consolidado até o início do século XIX, esse novo império fortificou a influência da Igreja sobre o Estado. Buscando a reversão deste quadro, Oton criou diversos bispados e abadias, e concedeu cargos religiosos aos nobres que o apoiasse.
Na parte final do século X, o processo de descentralização política promovido pela feudalização das terras incitou fortes contendas políticas entre o imperador, os senhores feudais e o clero. No século XI, essas disputas ficaram polarizadas entre os que reconheciam a autoridade real, e os nobres submetidos à influência do papa. A situação conflituosa chegou ao seu ápice quando as tropas do papa Gregório VII e do imperador Henrique IV guerrearam entre os anos de 1073 e 1085.
Gregório VII, pertencente à Ordem de Cluny, lutava contra as tramas políticas que colocavam os bispos da Igreja sobre a influência política do imperador. Entre outras medidas, resolveu proibir a concessão de postos clericais (investiduras) dadas pela autoridade real do Sacro-Império. Avesso às decisões do papa, Henrique IV acabou sendo excomungado. Ameaçado pelas tropas da Igreja, pediu que o papa revogasse da sua decisão. Tempos depois, organizou exércitos contra o