Imperialismo
O imperialismo foi um processo de colonização, principalmente da África e da Ásia, pelas principais potências europeias, nos séculos XIX e XX. Foi chamado de neocolonialismo, pois as colonizações, no caso da África, remontam à antiguidade, passando pelo Império Árabe na Idade Média e por Portugal, Espanha, França e Inglaterra na Idade Moderna.
Até o início do século XIX, com poucas exceções, a relação da Europa com a África se dava mais através de entrepostos do que com colônias propriamente ditas. A partir dessa época, porém, com a consolidação do capitalismo industrial na Europa, desenvolvido a partir da Revolução industrial inglesa, as potências europeias iniciaram a colonização da África para a extração de matéria-prima, dividindo entre si praticamente todo o continente. Essa exploração de recursos e a implementação de negócios não se deu através do livre comércio, mas através de grupos de industriais com o apoio dos governos e do emergente sistema bancário.
A dominação não foi somente através do exercito da metrópole, ao contrário, deu-se com a colaboração das elites africanas de determinada região e seus exércitos, sendo que os cargos mais altos eram ocupados por europeus.
Eric Hobsbawn diz que o período do neocolonialismo se situa entre 1880 e 1914. Em 1884, ocorreu a Conferencia de Berlim, um marco desse processo, onde foram criadas regras relativas à partilha da África.
O imperialismo marcou a África profundamente, em vários aspectos. Criou fronteiras artificiais, colocando num mesmo território tribos e povos adversários, impôs uma cultura e língua alheias às populações nativas, promoveu a transferência de soldados de um país para outro onde não tinham identificação, além de criar uma cultura de violência e brutalidade. Tudo isso gerou consequências que ecoam até hoje, como guerras civis e políticas de segregação. O pano de fundo para todas essas colonizações era o discurso de se levar a civilização e o progresso para um