Impactos do plano real
Com relação ao combate à inflação não restam dúvidas que o Plano Real teve êxito. Os índices inflacionários que o Brasil apresenta nos dias de hoje não eram observados desde a década de 1950. O patamar inflacionário referente a todo ano de 1996, por exemplo, corresponde, ao que já foi, índice de inflação de apenas uma semana. Esses dados evidenciam a consolidação do Plano Real no que diz respeito a estabilização.
Entretanto, além de proporcionar estabilidade da moeda, o Plano Real teve por objetivo promover distribuição de renda, crescimento econômico e mudanças significativas no mercado de trabalho. Dentro disso, cabe realizar um balanço dessas realizações do Plano afim de demonstrar os avanços conquistados, mas também salientar as ações que não surtiram o efeito esperado, explicitando os motivos para tanto.
Inflação Problema crônico na economia brasileira, a inflação foi o principal motivo de instauração do Plano Real. O êxito no combate à inflação foi a primeira grande conquista, abrindo caminho para avanços em outros campos. Para se ter ideia, realizando um comparativo entre os períodos de (1988-1993) e (1994-2000), a taxa de inflação, medida pelo índice de preços ao consumidor amplo/IPCA, registrou 1.280,9% e 11,4% respectivamente. Isso demonstra claramente o contraste existente entre os períodos anterior e posterior ao Real.
Taxa anual de inflação – 1988-2003
O descontrole da inflação, que existia no período anterior ao Real, como se pode perceber no gráfico acima, impedia qualquer modelo de planejamento financeiro por parte do Governo, das empresas e da sociedade, pois não permitiam que os agentes econômicos consiguissem organizar seus gastos e direcionar seus investimentos, tamanha a incerteza monetária da época. Além disso, as altas taxas inflacionárias inibiam também os investimentos sociais e de infra-estrutura por parte do Governo.
A partir da instauração do Plano Real, em 1994, a inflação convergiu rapidamente