impactos ambientais
Guimarães, José de Alencar, Visconde de Taunay e Franklin Távora era claramente construída em torno de questões humanas, indicando, inclusive, independência dos personagens em relação às peculiaridades regionais. No entanto, o próprio Antonio Candido admite que as possibilidades de análise psicológica que esses autores nos proporcionavam eram ainda muito inocentes e limitadas para que pudéssemos caracterizar algum sinal de maturidade no romance brasileiro (CANDIDO, 1975, v. 1, p. 212). Impregnados pela preocupação em descrever o Brasil e os brasileiros, suas estórias eram superficiais e “se apegam à descrição dos costumes, forma elementar do estudo do homem na ficção” (CANDIDO, 1975, v. 1, p. 296). Faltava-lhes o gosto pela análise psicológica minuciosa que, para Lúcia Miguel Pereira, somente com
Machado de Assis e Raúl Pompéia seria inaugurada na nossa literatura.
Apesar de abordarem diversos temas, havia entre os românticos um fim comum: “o de buscar o homem brasileiro, nas suas origens, como fez José de
Alencar” (PEREIRA, 1957, p. 62). Fugindo dessa preocupação romântica de descobrir e cultivar uma identidade nacional, Machado de Assis desde cedo tomou para si o desafio maior de desvendar não somente o brasileiro, mas o humano. Embora seus melhores contos psicológicos tenham sido inegavelmente escritos após a década de 1880, suas primeiras produções já sugerem que os atos mais vulgares escondem razões indecifráveis; que os mais insólitos devem ser vistos como fazendo parte do repertório dos ditos comportamentos
“normais” e os que, aparentemente, são apenas explicados ou justificáveis a partir das contingências especificas e locais, na verdade fazem parte da psicologia universal humana e não apenas do comportamento do brasileiro.
Em quatro de agosto de 1878, i.e., antes do início de sua obra madura,