IMPACTO E SEGREGAÇÃO NO ESPAÇO URBANO PELOS CONDOMÍNIOS FECHADOS
A proliferação de condomínios fechados tem aumentado ao longo dos últimos anos, este estudo tem por objetivo compreender as causas e consequências dessa prática, tanto relativas às modificações da malha urbana, quanto para o aspecto relativo à segregação social por ela imposta.
A motivação para a procura desses empreendimentos acontece devido a vários fatores, como, privacidade, possibilidade de uso de áreas coletivas, moradia em residências - o que garante a sensação de menor densidade populacional - e a maioria deles oferecem uma agradável área verde. Porém, de um modo geral, a grande procura acontece graças à garantia de segurança que é dada para os futuros condôminos. As barreiras físicas presentes, fazem dos condomínios verdadeiras ilhas muradas com entrada restrita, separando os moradores do restante da população e da violência urbana. Há também estudos que dizem que a sensação de segurança fornecida pelos condomínios se dá devido à homogeneidade social dos residentes.
Porém, deixando de lado a visão dos condôminos e levando em conta a população residente do entorno das áreas muradas, essa sensação de segurança pode se inverter, já que fora dos muros ficam casas voltadas para fachadas cegas. Essas fachadas também influenciam na mudança da forma de ver e compreender a cidade, que geralmente tem sua morfologia definida graças à forma e fachadas de seus edifícios. Ao se deparar com muros de 3 metros de altura, o observador tem essa percepção impossibilitada.
Para os condôminos não fica evidente esse problema, pois a partir do momento que entram em seu local de moradia visualizam uma espécie de “bairro” com suas ruas, praças e fachadas internas.