Impacto das alterações climaticas nas redes de distribuição
Este artigo procura à luz de casos do setor de distribuição brasileiro e pesquisas de alteração climática, analisar os impactos que as mudanças constantes do clima geram no sistema de distribuição. Mesmo sendo a maior parte de o sistema elétrico brasileiro ser proveniente de usinas hidrelétricas e portanto, não poluidora, somente 45,9% da matriz energética brasileira são provenientes de fontes renováveis. Quando analisado do ponto de vista mundial, a situação é pior, somente 12,9% é de fonte renovável. Grande parte da matriz energética é proveniente de compostos de carbono que em sua combustão colaboram com o efeito estufa alterando as características climáticas. Tempestades intensas são cada vez mais comuns; fenômenos antes não tão freqüentes como enchentes agora fazem parte do cotidiano de muitos brasileiros; ventos atingem altas velocidades em virtude de campos agora desmatados para plantação de alimentos e plantações. Todos esses fenômenos são sentidos pelo sistema de distribuição de energia elétrica. A utilização de um sistema de distribuição 99% aéreo expõe ainda mais às intempéries a rede diminuindo a qualidade do fornecimento de energia e dificultando a manutenção. Entretanto o custo para troca do sistema aéreo para um sistema em sua totalidade subterrâneo seria muito oneroso tornado esse processo lento. Formas alternativas para reduzir o impacto do clima nas redes de distribuição seriam investimentos em mapeamento de áreas de risco onde se encontram os ativos da empresa, monitoramento junto a órgãos de previsão do tempo as alterações climáticas bruscas além de investimentos em cabos reforçados e manutenção das estruturas afastadas de arvores e galhos. Fenômenos naturais climáticos serão cada vez mais exacerbados e freqüentes. É uma triste constatação a partir das conseqüências do aquecimento global. É certo que mesmo com investimentos, no atual modelo de distribuição, os impactos no sistema elétrico têm sido e