Immanuel Kant - Insociável Sociabilidade e Estado cosmopolita universal
RA: 38717
Professor: Pedro Jorge de Freitas
Immanuel Kant – Algumas questões sobre a filosofia da história em Kant
Kant, no presente trabalho, considera algumas proposições sobre o “dever ser” da sociedade na tentativa de esclarecer um fio condutor da história que levará “as disposições naturais” humanas a se desenvolverem completamente e conforme um fim.
Para tanto, o autor discorre sobre um antagonismo ocasionado pala característica natural do próprio homem da sua “Insociável Sociabilidade”, que em linhas gerais, representa a propensão natural do homem de “associar-se” –característica essa que o torna mais humano, a vida em sociedade o afasta de sua animalidade – contudo, em contrapartida o homem tende a separar-se – levando-o a conduzir tudo a seu favor, em seu proveito, a partir disso esse homem espera oposição de todos os lados e concomitantemente se opõe a todos e é essa oposição que o conduz na superação de sua tendência à preguiça, movido pela busca de projeção, pela ânsia de dominação ou pela cobiça.
Essa oposição leva a diversas mazelas, como o egoísmo, a inveja, a dominação, contudo sem ela todas as excelentes disposições naturais da humanidade permaneceriam sem desenvolver-se, é a Insociável Sociabilidade que leva aos primeiros passos da rudeza em direção à cultura, ocasionando uma organização moral da sociedade.
Para Kant, os males causados pela insociabilidade ao homem internamente, estão refletidos externamente nos Estados, essa característica causa entre outros a miséria e as guerras, e pare o autor por meio disso aconteceria o padecimento do Estado e este “mal” desencadearia a constituição de uma “grande confederação de nações”, que teria um poder unificado com leis de uma vontade unificada, sendo esse um meio de encontrar uma “saída inevitável” da miséria em que os homens se colocam mutuamente e que deve obrigar o estado a mesma decisão: “abdicar de sua liberdade brutal e buscar a tranquilidade e