Kant
Kant obteve muitas influências externas do empirismo inglês de David Hume, como também, da física de Newton e a concepção moral de Rousseau; digamos que as concepções filosóficas e políticas retratam uma certa atração por estes pensadores.
Em Kant há a preocupação de encontrar, na história e na sociedade as leis naturais, que não são reveladas e explicadas por mediação teológica.
A sociedade segundo Kant, era como um Universo desordenado, onde os corpos que a integram (unidades políticas que compõem o conjunto geral das nações) viviam em total desarmonia. Sendo que cada “unidade política” possui uma visão exclusivista da sua função no conjunto geral, muitas vezes hostil às demais, a guerra, e não a paz, costuma ser o veículo mais comum das suas comunicações.
E a “Filosofia Política” possui a finalidade de corrigir a desordem terrena das nações, adequando-as e harmonizando-as como ocorre com o funcionamento perfeito dos sistemas e leis desenvolvidos por sujeitos como Newton e Kepler.
Na obra estudada (Ideia de uma história universal sob o ponto de vista cosmopolita), Kant alega que os acontecimentos históricos, sejam nos aspectos positivos ou negativos, devem ser vistos do ponto de vista cosmopolita, no qual há benefício a todos.
Conforme Kant, há um conflito permanente entre as disposições humanas e aquelas impostas pela natureza; de modo que, as “oposições” entre indivíduos e Estados, favorecem de maneira positiva nossas capacidades de superação dos obstáculos e adversidades, proporcionando nosso auto aperfeiçoamento.
Já que era possível o desvendamento dos mistérios do funcionamento cósmico através das leis da física, Kant acreditava que o mesmo ocorreria com a história; assim, a relação astronomia e cosmos, deveriam ser análoga à relação história e sociedade.
Apesar da estupidez humana com suas guerras e conflitos, para Kant, era possível constituir por trás da irracionalidade humana, a existência de um “curso da natureza”.
Kant