Immanuel Kant nasceu, estudou, lecionou e morreu em Koenigsberg. Jamais deixou essa grande cidade da Prússia Oriental, cidade universitária e também centro comercial. Foi educado em um ambiente tranqüilo, com grande severidade, possuindo uma origem super modesta. Sofreu influência do protestantismo pietista (que põe em destaque o poder do pecado e a necessidade de regeneração). O seu valor maior de conduta era cultivar a integridade pessoal. Kant inicialmente separa conhecimento formal de conhecimento material. A filosofia do primeiro é a lógica, abordando a razão e o pensamento em si próprios, não podendo conter parte empírica. O segundo trata dos objetos e das leis a que estão submetidos. Estas leis se dividem em leis da natureza, tratadas pela física, e leis da liberdade, aquelas que tratam das ações livres dos homens, objeto de estudos da ética ou teoria dos costumes. A física e a ética podem contar com elementos empíricos a partir do momento em que a primeira tem como objeto de experiência as leis da natureza e a segunda tem por objeto a vontade do homem quando afetada pela natureza. O conceito de liberdade de Kant não se identifica com conceito de liberdade natural (fazer o que se quer) e nem com o de livre arbítrio. Concretizou a idéia de liberdade definida como autonomia na esfera política e interiorizou-a, fazendo dessa autonomia também liberdade moral do indivíduo. Para Kant, o bem é o que resulta da razão na medida em que ela determina a ação. A liberdade não se liga a felicidade, nem se determina a um bem externo a ela, já que é autônoma. Ela se subdivide em liberdade interna (moral) e externa (jurídica). A primeira gera a obrigação moral, enquanto a segunda a obrigação jurídica garantida por um sistema de coação. Ambas são orientadas pelo imperativo categórico que se traduz na máxima: age de tal modo que a máxima da tua vontade possa valer sempre ao mesmo tempo como princípio de uma legislação universal. Portanto, a liberdade fundamenta a