IMAGINARIO JURIDICO 1945 1964
O MAGINÁRIO JURÍDICO SOBRE O COMPORTAMENTO DE DETERMINADOS
SEGMENTOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA ENTRE OS ANOS DE 1945 E 1964
Patrícia Graziela Gonçalves – Mestranda PPH/ UEM patygrazy@hotmail.com Rivail Carvalho Rolim – Orientador PPH/UEM rivailrolim@hotmail.com INTRODUÇÃO
Este trabalho apresenta os resultados parciais de uma pesquisa, ora em andamento, sobre o imaginário jurídico acerca do comportamento de determinados segmentos da sociedade brasileira entre os anos de 1945 e 1964. Mais especificamente, abordaremos o processo de constituição do pensamento jurídico a partir de um campo e habitus próprios, já que essa análise nos propicia um avanço na interpretação dos documentos.
Sobre o contexto histórico delimitado para análise é importante salientar que a sociedade brasileira do pós Segunda Guerra Mundial e fim do Estado Novo inicia um intenso processo de modernização e industrialização, cujas transformações decorrentes dão nova configuração as cidades como São Paulo, por exemplo. Sobre este período, escreve João
Manuel C. Mello e Fernando Novais:
Entre 1945 e 1964, vivemos os momentos decisivos do processo de industrialização, com a instalação de setores tecnologicamente mais avançados, que exigiam investimentos de grande porte; as migrações internas e a urbanização ganham um ritmo acelerado.(MELLO, NOVAES, 1998, p. 561-2)
Esse processo de desenvolvimento do país implicou em transferências maciças de população das zonas rurais para as urbanas, formando grandes correntes migratórias. Eunice
Ribeiro Durhan escreve sobre essa conjuntura:
No Brasil, o desenvolvimento econômico resultante da industrialização está associado a dois fenômenos complementares e concomitantes: o incremento das desigualdades regionais e a constituição das metrópoles. Tanto um quanto outro fenômeno implicam na formação de grandes correntes de migração interna, através das quais se processa uma maciça redistribuição de população (DURHAN, 1978,
p.20).
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