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As crianças abandonadas no Brasil, vivendo em situação de risco social representam uma realidade de nossa sociedade, que deve ser observada e analisada sob os olhos de uma conjuntura social, levando-se em consideração a historicidade desta questão, movida por acontecimentos sociais, interesses políticos e econômicos.
“Meninos e meninas de rua” devem ser percebidos como quaisquer outras crianças e adolescentes; porém, a necessidade - de cunho material, de afeto ou proteção - impulsiona-as para a rua. São provenientes de famílias trabalhadoras expropriadas com uma história de vida marcada pela luta constante pela sobrevivência (MINAYO, 1993).
GRACIANI (1997) compreende este meninos abandonados como oprimidos e relegados pelo sistema social e não como marginais sociais, sendo que a classificação “de” e “na” rua expressa uma categoria social que tem a rua como um território de vida e de trabalho resultante de um processo social de dominação, exploração e de exclusão.
O presente trabalho é uma dissertação exigida pelas disciplinas do segundo semestre do curso de Serviço Social; tendo como objetivo compreender os elementos sociais e políticos envolvidos no processo de abandono de criança no Brasil.
2. AS CRIANÇAS DE RUA DO BRASIL
A começar pelo contexto histórico e visualizando pelo lado social, o abandono das crianças no Brasil há pouco ou quase nada escritos. Segundo a história do Brasil o abandono das crianças brasileiras existe desde o século VIII, pois devido a revolução industrial e o desemprego que era surgido na época muitas mães e famílias não tinham condições de criar seus filhos acabando assim a abandonando-os pelas ruas, sendo assim a miséria o principal fator do abandono.
Hoje percebe-se um grande números de mães solteiras sem apoio familiares e sem condições financeiras. Isso hoje contribui para que o abandono continue acontecendo e crescendo no Brasil. Sem contar que no século XVIII a sociedade não aceitava que mulheres