Imagina o sociológica
A ansiedade, que é considerada a doença do século, na verdade, não é um fenômeno do homem moderno.
Faz parte do nosso sistema de defesa, estando presente em quase todos os animais vertebrados. Apesar de ser um problema para muitas para muitas pessoas, foi ela que nos trouxe aqui através da evolução. A seleção natural favoreceu animais e pessoas preocupadas em excesso. Imaginemos um grupo de homens das cavernas que se depara com um animal pré-histórico. Aqueles mais inquietos, atentos ao mundo à volta, percebem o perigo e fogem. Contudo, os distraídos, menos ansiosos, não tem a mesma sorte. Como consequência, também acabam eliminados do rol genético da época. Hoje não há mais predadores vorazes à solta para nos atacar, mas convivemos com outras ameaças. Em maior ou menos grau, todos somos ansiosos.
Dependendo da religião, algumas pessoas tem dúvida se depois da morte há uma vida no céu ou no inferno. Se hoje esse pensamento ainda está presente, na Idade Média era o principal motivo de ansiedade. As pessoas viviam inseguras, era normal acreditar que qualquer deslize de comportamento poderia determinar se ela iria para o céu ou para o inferno.
Hoje em dia um gripe não nos assusta, um antibiótico resolve. Porém, até sua descoberta, uma pneumonia ou diarréia poderia matar um homem adulto. Assim, uma indisposição causada por uma gripe, por exemplo, era motivo de preocupação, uma vez que era impossível prever se seria fatal ou não.
Hoje nossas angústias se concentram em sermos bem sucedidos, seja no emprego ou no amor. Desde a Revolução Industrial, ter um emprego significa ter recursos para sobreviver. Além de pagarmos as contas, o homem quer ter seu trabalho reconhecido e, mais importante, estar satisfeito com o que está desempenhando.
Psicólogos da Universidade Stanford, por exemplo, provaram que pessoas mais ansiosas perdem menos dinheiro em investimentos financeiros de risco. É simples: quem se preocupa demais aprende mais rápido quando o risco de