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CASO IKEA – BUSCANDO A SUSTENTABILIDADE

(Livremente adaptado de ROBÈRT, Karl-Henrik. The Natural Step – a história de uma revolução silenciosa. S.Paulo: Cultrix/Amana-Key/Willis Harman House, 2003)

Em 1990, a empresa de mobiliário sueca IKEA procurou Karl-Henrik Robèrt, criador do movimento The Natural Step (TNS), para ajudá-los a implementar a sustentabilidade na empresa. Havia resistências dentro da própria equipe administrativa, uma sensação de que o desenvolvimento sustentável era um entrave para o negócio e que seria difícil convertê-lo de modo eficaz em procedimentos gerenciais. O VP Lennart Dahlgren e o Diretor Mundial de Qualidade Russel Johnson acreditavam na idéia e na metodologia do TNS, mas precisavam superar essas resistências internas.

O consultor Robèrt não entendia nada de móveis, e estava prestes a tentar convencer a equipe da maior empresa de movelaria do mundo a mudar de mentalidade. O que ele poderia dizer àqueles profissionais que realmente os ajudasse a oferecer móveis de maneira sustentável às pessoas? Assim como Lennart e Russel, a cúpula da IKEA exibia a mesma atitude relaxada, descontraída e aberta. Tratava-se, sem dúvida, de um dos mais bem-sucedidos empreendimentos comerciais suecos dos tempos modernos, talvez a equipe mais avançada nesse ramo no mundo. Uma cultura criativa e corajosa.

O primeiro passo foi agendar uma palestra para a diretoria, na qual Robèrt apresentou a estrutura de referência do TNS, amplamente divulgada na sociedade sueca, com o aval do próprio Rei Gustav e da comunidade científica, que havia ajudado a desenvolver essa estrutura após um grande trabalho de consenso dos seus princípios. Ou seja, a metodologia proprietária do TNS era confiável o bastante e se propunha a ter aplicabilidade prática, através de um conjunto de quatro “Condições Sistêmicas”, que Robèrt chamava de “tronco da árvore”. Os problemas gerenciais do dia-a-dia e os impactos nocivos ao meio-ambiente e à sociedade eram considerados