Igreja no Período da Reforma
O Santo Daime é uma religião que resgata e valoriza intensamente os estados alterados de consciência (chamados pelos daimistas de mirações) como forma de alcançar a iluminação espiritual, que se realiza não só por meio da ingestão do chá (também conhecido como Daime, yagé, ayahuasca, Vegetal, caapi), mas também pelo canto repetitivo de hinos, que, segundo seus integrantes, são ditados diretamente do mundo Astral, e que contém ensinamentos, poder de cura e revelação. O chá, segundo o fundador da doutrina, Irineu Serra, “tem poder inacreditável”, sendo responsável, em alguns casos, por mudanças profundas na visão de si mesmo e do mundo, o que implica em novas posturas e concepções psicossociais.
O esse campo do saber se dedica a entender de forma a relação homem-sociedade num todo dinâmico. No caso desta religião, é difícil isolar os componentes individuais da experiência com o chá do contexto social que o envolve. Não só porque o ritual é complexo e possui como veremos uma série de aspectos singulares, como também porque existem mudanças sociais mais amplas que envolvem os adeptos da doutrina. Como veremos, existe uma série de construções psicossociais dentro da doutrina daimista, o que a configura como um objeto singular para a compreensão de aspectos importantes da religiosidade contemporânea.
Contudo, produz uma expansão de consciência responsável pela experiência de contato com a divindade interior, presente no próprio homem.
•Aspectos Históricos:
O Santo Daime é uma manifestação religiosa surgida em plena região amazônica nas primeiras décadas do século XX. Consiste em uma doutrina espiritualista que tem como base o uso sacramental de uma bebida enteógena (para os cientistas, uma droga psicodélica), o ayahuasca, com o fim de catalisar processos interiores e espirituais sempre com o objetivo de cura e bem estar do indivíduo. A doutrina não possui proselitismo, sendo a pratica espiritual essencialmente individual, sendo o