Igarapé miri dos engenhos ao açaí
Segundo as informações contidas nos folhetos do Tenente-Coronel Agostinho Monteiro Gonçalves de Oliveira, intitulados “Chronica de Igarapé-miry”, as origens do município antecedem ao reinado de D. João V, no início do século XVIII.
Já nessa época, no lugar conhecido como Igarapé-Miri, às margens do igarapé de mesmo nome, existia uma fábrica nacional para aparelhamento e extração de madeiras de construção, que eram comercializadas em Belém. De todas as fábricas do ramo no Pará, aquela era a mais proveitosa, considerando estar situada em terrenos planos, sólidos e férteis, margeada, em sua maior parte, pelo igarapé Cataiandeua, pelo qual desciam facilmente as madeiras ali lavradas. A fertilidade do solo do então povoado de Igarapé-Miri, a riqueza de seus habitantes e o brilhantismo das festas religiosas atraíram muitos estrangeiros que acabaram por se estabelecer naquelas terras.
A produção artesanal é variada. Do barro, são confeccionados alguidares e vasos; da tala, os artesãos produzem peneiras, paneiros, tipitis, chapéus e matapis; do ouriço da castanha e da casca de sapucaia, são fabricados vasos; da casca do côco, são confeccionados cinzeiros e bonecas, entre outros.
Os solos do Município são formados, com grande expressividade, pelos seguintes tipos: Latossolo Amarelo distrófico, textura média e argilosa, Podzol Hidromórfico e Concrecionários Lateríticos indiscriminados distróficos, textura indiscriminada.
Pouco resta da cobertura florestal primitiva, que pertence ao subtipo Floresta Densa de terra firme, e que recobria, indiscriminadamente, a maior parte do Município. Hoje, em seu lugar, existe as Florestas Secundárias, intercaladas com cultivos agrícolas.
Já as áreas de várzea, apresentam sua vegetação característica de espécies hidrófilas (que gostam de água), latifoliadas (de folhas largas), intercaladas com palmeiras, dentre as quais se destaca o