da cachaça ao açai
Glaucia Corrêa Galvão
UFPA/PA
Resumo: Esta pesquisa busca compreender as histórias e memórias da cultura do açaí em Igarapé-Miri ao estudar o momento de mudança de uma economia em declínio (cachaça), à comercialização de outro produto (açaí), que hoje em dia gera mais de 70% dos empregos na cidade de Igarapé-Miri/ PA. Os ribeirinhos, desde os engenhos de cana- de- açúcar tem papel fundamental nesse quadro econômico, pois o plantio, em sua maioria, é feito nos interiores. Para isso, tirou-se como espaço um dos interiores da cidade, o Rio Mamangalzinho, onde funcionava o Engenho Santa Maria, no qual hoje encontra-se um número considerável de famílias que vivem do plantio e da comercialização do fruto do açaí e também do palmito tirado da palmeira do açaizeiro.
Como proposta inicial, buscaremos entender como funcionavam os engenhos de cana-de-açúcar em Igarapé-Miri, tanto no seu momento de auge como entender o que levou pra o declínio dessa economia e com isso conhecer a história dos sujeitos envolvidos: Perceber se esses indivíduos que trabalhavam nas lavouras de cana-de-açúcar e nos engenhos, de forma quase escrava são os mesmo que hoje trabalham com o manejo do açaí, e buscar conhecer sua forma de manejo e comercialização do produto, desde o modo artesanal à industrialização do açaí. Compreender como o trabalhador ribeirinho se adapta a essa transformação e como isso vai refletir na economia da cidade e no sujeito envolvido.
PALAVRA-CHAVE: HISTÓRIA, MEMÓRIA, AÇAÍ, ECONOMIA.