Idosos
A expectativa de vida em países desenvolvidos tem aumentado espetacularmente, fato que se associa a um importante incremento na população de idosos. Mesmo assim esse tema não tem recebido a devida importância da sociedade, a qual insiste em acreditar, comodamente, que a atividade sexual desapareça com a idade.
Muitas pessoas, na oitava década de vida, continuam sendo sexualmente ativas, e mais da metade dos homens maiores de 90 anos, referem manter interesse sexual. Mas apenas menos de 15% deles podem ser considerados sexualmente ativos (Schiavi, 1995).
A crença de que o avançar da idade e o declinar da atividade sexual estejam inexoravelmente ligados, tem sido responsável para que não se prestasse atenção suficiente a uma das atividades mais fortemente associadas à qualidade de vida, como é a sexualidade.
Dificilmente a entrevista médica, do clínico geral ao reumatologista e geriatra, tem valorizado as queixas sexuais do paciente idoso. Dá-nos a nítida impressão que os colegas médicos evitam esse assunto por medo de não saberem lidar com ele, por medo de não saberem o que fazer com as respostas que o paciente pode dar. Assim sendo, se a sociedade evita o assunto, se os médicos evitam o assunto e se os próprios pacientes têm constrangimento dele, o panorama sexual da terceira idade ficará inexoravelmente abandonado ao conformismo e apatia cultural.
Sexo e envelhecimento é o nome de um artigo escrito pela equipe do site Dr. Mundi em 24/07/2001.
"Engana-se quem imagina que pessoas mais velhas são assexuadas. Em homens acima dos 40 anos, é bastante comum que a ereção seja mais lenta, mas isso é fisiológico, não necessitando o uso das medicações para disfunção erétil; algo muito comum é que a ansiedade causada por isso dificulte o processo normal da ereção. O período refratário (tempo que se leva para uma nova ereção) pode durar dias, e não mais horas, como na juventude. É normal também a diminuição da sensibilidade peniana, por alterações