Ideologia, indústria cultural, educação e os desenhos animados
Polliana Pires do Carmo Alves Rocha Um questionamento muito interessante trabalhado por Dorfman e Mattelart acabou por trazer uma necessidade de olhar mais de perto a respeito dos desenhos animados, visto que segundo estes autores: Em toda sociedade, onde uma classe social é dona dos meios de produzir a vida, também essa mesma classe é proprietária do modo de produzir as ideias, os sentimentos, as intuições, numa palavra, o sentido do mundo. Sendo assim, quais são estes meios capazes de produzir a vida e apropriar-se do sentido do mundo?
Na verdade ao pesquisar quais são os meios que levam os indivíduos a se modificarem, influenciando na sua maneira de pensar e agir, chega-se à resposta de que o único instrumento dotado de todo esse poderio é a linguagem que é utilizada pelos meios de comunicação. Pode-se constatar que, durante a história da humanidade, ocorreram diversas transformações no comportamento do homem e, conseqüentemente, na forma de se expressar. Antigamente, essas mudanças eram motivadas, principalmente, pelas obras literárias. Hoje em dia, essas transformações continuam a ocorrer. Agora, porém, aparece a televisão como um dos principais instrumentos que vem influenciando o comportamento dos seres humanos, pois, além do fato dela ser acessível a todas as classes da sociedade, o poder do discurso dos programas televisivos é ferrenho. No meio de tantas informações veiculadas pela televisão, muitas delas visam, em primeiro lugar, à persuasão dos telespectadores. A linguagem tem uma função comunicativa, isto é, por meio das palavras entramos em relação com os outros, dialogamos, argumentamos, persuadimos, relatamos, discutimos, amamos e odiamos, ensinamos e aprendemos, e outras coisas mais.
Em geral, quem toma a palavra não quer apenas comunicar alguma coisa. Quer persuadir o outro. Quer convencê-lo de que está certo ou de que suas razões são melhores (ou simplesmente boas) e