A Indústria Cultural na Educação Contemporânea
A burguesia com grande interesse em criar pessoas alienadas para que não consigam pensar o que querem e como querem, enfiam goela abaixo programas sem conteúdo e sensacionalistas, colocam propagandas que ensinam que ter é melhor que ser. As pessoas ficam acomodadas, incapazes de julgar e de tomar decisões conscientemente.
Após as revoluções industriais, o comércio tinha se fortalecido, com isso, o Capitalismo havia se fortalecido definitivamente. O homem havia perdido a sua autonomia. Em consequência disso, a humanidade estava cada vez mais desumana. Os valores humanos haviam sido deixados de lado em troca do interesse econômico. O que passou a reger a sociedade foi a lei do mercado, e com isso, quem conseguisse acompanhar esse ritmo e essa ideologia de vida, talvez, conseguiria sobreviver; aquele que não conseguisse acompanhar esse ritmo e essa ideologia de vida ficava a mercê dos dias e do tempo, isto é, seria jogado à margem da sociedade. Nessa corrida pelo ter, nasce o individualismo, que, segundo o nosso filósofo Theodor Wiesengrund-Adorn, é o fruto de toda essa Industria Cultural.
Para Adorno, o homem, não passa de mero instrumento de trabalho e de consumo, ou seja, objeto.
A Indústria Cultural é a própria ideologia. Os valores passam a ser regidos por ela. Até mesmo a felicidade do individuo é influenciada e condicionada por essa cultura
O conceito de infância vem caracterizando a criança como um ser incompleto em relação ao adulto. Esta ideia trabalha com o preceito de que a criança é imperfeita e precisa ser formada por modelos de ensino-aprendizagem.
Tal perspectiva desconsidera que as crianças sejam capazes de modificarem o mundo e serem modificadas por ele.
Na sociedade capitalista, a formação cultural das crianças, depende da classe social a que pertencem. As crianças burguesas são instruídas para dirigir a sociedade e as crianças da classe mais baixas formadas para o trabalho.