Identidade e diferença perspectiva dos estudos culturais kathryn woodward
A questão da identidade e da diferença está em desenvolvimento no cenário pós-moderno, em uma política de identidade. Antigas referências, como família, leis, religião, educação, estão em crise. Faltam referências “concretas”, seguras, para que o indivíduo se ancore na sua formação de identidade. Neste contexto novos grupos sociais buscam se afirmar e questionando, ao mesmo tempo, os antigos padrões identitários. Por exemplo: homossexuais na sua luta por legitimação de seus espaços e direitos. Seja no direito ao casamento, a adoção de crianças, ao recebimento de heranças, eles e elas buscam, além do respeito à opção do modo de viver a sua sexualidade, a sua inserção na sociedade como cidadãos e cidadãs que são. A identidade é relacional. Depende de algo fora dela. Depende de uma identidade que ela não é para que ela própria exista. Por isso se diz que ela é marcada pela diferença. Por exemplo: eu sou mulher, gaúcha, casada, etc. Para que se entenda o que isto significa, tem-se em mente o que é ser homem, paulista, solteiro, etc. como referência para que se perceba (rapidamente) a diferença e, em conseqüência a identidade citada. As pessoas não entenderiam o que é ser mulher, sem a referência do diferente-homem, por exemplo. As identidades adquirem sentido por meio da linguagem e dos símbolos pelos quais são representadas. Estas representações, segundo Start Hall (1977), é que classificam o mundo e nossas relações com o exterior. A identidade é, então, marcada por meio de símbolos. Ou seja, há uma associação entre a identidade de uma pessoa e os objetos que ela usa (significantes que ela escolhe), aqueles que fazem parte de seu mundo. Por exemplo: a roupa e os acessórios para o corpo que utiliza, os livros que lê, o carro que possui, as músicas que ouve, a profissão