O século das luzes e o iluminismo
Desta forma, observa-se que o Século das Luzes teve importante papel na (re)definição do homem como sociedade na Europa e na América, principalmente. Porém, da mesma forma que há um desenvolvimento econômico nas grandes potências mundiais, há problemas no decorrer da história da espécie humana, que segue desenfreadamente a um cenário de degradação e insustentabilidade.
Cada sociedade faz uma leitura diferente da natureza, das necessidades e da própria realidade, o que muitas vezes não é levado em consideração ao adotar-se novos planos econômicos e novas políticas, com ideia de fazer do global, o local.
Para GONÇALVES (2000), é a natureza quando dominada pelo homem “o símbolo do progresso da civilização. Daí a cidade, e não o mundo rural, aparecer como indicador do desenvolvimento.” Assim, percebe-se o ser humano como projetor de novos espaços, mas não com relação à natureza, onde pode somente transformar e devastar, mas nunca criar. Desta forma, instalam-se crises e interesses capitalistas, já que o que existe na natureza é o limite, sem possibilidade de replicações.
Analisando Gusdorf, percebe-se o homem como o animal que teve seu desenvolvimento cultural e intelectual a partir das “somas dos conhecimentos acumulados e transmitidos através de gerações” (AULETE, 2004). Assim, conseguiu-se compreender a afirmação de Gusdorf, de que “a história natural da espécie humana é, ao mesmo tempo, uma história cultural.” Conforme foram ocorrendo a