Teste
Jorge Ferreira é professor adjunto de História da UFF e foi doutorado em História Social pela USP. Suas áreas de interesse são representações políticas, partidos políticos e História política e Social, incluindo trabalhismo e comunismo no Brasil. O artigo analisado, mesmo que tendo sofrido alterações, é parte de sua Tese de Doutorado para a USP. Os objetos de estudo são a mentalidade e o imaginário político de comunistas brasileiros entre 1930 e 1956. Prisioneiros do Mito, a tese de Jorge Ferreira foi defendida na USP em 1996.
Se tratando de um extrato de um trabalho maior, o artigo A Construção do Socialismo não se propõe a chegar a uma conclusão, porém aprofundar-se em um assunto. O propósito do artigo é esclarecer a visão tendenciosa e propagandística de uma classe de brasileiros a respeito da URSS, desde 1917 até meados do século, e confronta-la com a real situação político-social sob Lenin e Stalin. Sabe-se que a partir de 1918 a Rússia conheceu vários sofrimentos. Uma guerra civil matou milhões de pessoas, despovoou cidades e devastou campos. Após seu fim, o governo revolucionário passou a dirigir um local arruinado e isolado: a produção industrial havia diminuído mais de dez vezes, a agricultura também foi reduzida, os transportes estavam desorganizados e existia desemprego e inflação. Jorge Ferreira se apoia em Issac Deutsher, comentarista sobre a política soviética, para afirmar que o descontentamento com o governo instaurado era tão grande que, se tivessem tido a oportunidade, a população russa teria optado pela forma de governo anterior novamente. O inicio da década de 1920 foi marcado então por uma grande desilusão com o governo revolucionário